Amores proibidos
Sob ruas inundadas de solidão e lamúria
andei
Percorrendo por entre os murmúrios de
decepção e ódio
Nas mais gélidas e pacíficas noites
debrucei-me em repúdio, pois amei.
Amei o inamável, o desgosto, o sofrimento e
frustração.
Me opus à lógica, joguei-me nas traças do
destino na sua mais pura decepção.
Eu bebi dos amores proibidos,
Traguei o ar impuro dos suspiros e suas
dores
E hoje, refém das duras escolhas, sou
imersa nas consequências.
Eu bebi o mel dos teus lábios, a cura e o
veneno dos meus anseios.
E quando penso não ter surtido efeito, eis
que me encontro no mais sutil deleite.
Êxtase de dor, súplicas do teu ser, ressaca
do que não bebi
– teu amor.
Thais Porto
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