Cientistas conseguiram pela primeira  vez produzir uma forma de vida "sintética" em laboratório. O trabalho,  que deverá entrar para a história como um dos maiores (e mais polêmicos)  feitos científicos da biologia moderna, foi capitaneado pelo audacioso  (e polêmico) Craig Venter, cientista norte-americano que ajudou a  sequenciar o genoma humano, dez anos atrás. Neste caso,  Venter foi ainda mais audacioso. Pegou o genoma sequenciado de uma  bactéria, fez uma cópia "sintética" desse genoma, transplantou essa  cópia para o "corpo" de uma célula inerte (sem DNA) e essa célula passou  a ser viva, funcionando e multiplicando-se como se fosse a bactéria  original. "É a primeira espécie autorreplicante no planeta cujo pai é um  programa de computador", definiu Venter. Pensando no  genoma como um software biológico, o que os cientistas fizeram foi  "piratear" o sistema operacional de uma máquina, transferir esse  programa para outra máquina ...