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Mostrando postagens de abril, 2016

Watchers

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Sou como um monolito que mesmo  tempos bons e ruins recaim sobre mim apenas minha superfície desgasta a estrutura permanece e assim será contemplando sempre o horizonte fraturado e deixando verter tempestastes de lágrimas por ver mais  e além do que muito olhos cegos enxergam mas sempre num  silêncio pétro.

A morte absoluta (Manuel Bandeira)

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Morrer. Morrer de corpo e de alma. Completamente. Morrer sem deixar o triste despojo da carne, A exangue máscara de cera, Cercada de flores, Que apodrecerão – felizes! – num dia, Banhada de lágrimas Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte. Morrer sem deixar porventura uma alma errante... A caminho do céu? Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu? Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra, A lembrança de uma sombra Em nenhum coração, em nenhum pensamento, Em nenhuma epiderme. Morrer tão completamente Que um dia ao lerem o teu nome num papel Perguntem: "Quem foi?..." Morrer mais completamente ainda, – Sem deixar sequer esse nome.